Depoimentos em 1989 |
"Em 1988 mudei minha maneira de encarar o trabalho. Antigamente, trabalho para mim era diversão. Eu queria me mostrar. Cantava para arranjar broto e para provar para o meu pai que eu era bom. Eu queria era comer todo mundo. E consegui". "Agora vejo o trabalho de outra maneira. Comecei a me preocupar em cantar melhor. Como letrista, passei a falar de coisas mais abrangentes. Parei de falar um pouco do meu quintal e passei a falar da minha geração. Acho que é a idade também". "Sou muito protegido. Isso até me prejudica. Sou meio despreparado. Sou o neto preferido de duas avós e filho único, mimado de pai e mãe. Mas meus valores são todos de classe média baixa. Eu era filho de um produtor de discos e de uma costureira. Estudava no Santo Inácio que só tinha gente rica. Eu tinha vergonha porque minha mãe costurava para as mães de meus colegas. Na época eu chorava, hoje tenho o maior orgulho dela. Papai só começou a ficar rico quando eu tinha 15 anos". "Nunca estive tão ruim em minha vida. Um dia o suicídio passou pela minha cabeça. Rapidamente. Queria tomar alguma coisa para desmaiar. Não sentia prazer em estar vivo. Nunca entendi o suicida. Achava uma covardia. Aí eu entendi". |
segunda-feira, 14 de março de 2011
Agenor de Miranda Araújo Neto - CAZUZA ♥
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